Dr. Felipe Ades MD PhD - Oncologista | |
Carcinoma in situ e carcinoma invasivo. Entendendo as diferenças entre essas duas apresentações do câncer. |
Para se determinar qualquer tratamento em oncologia é necessário que se conheça em detalhes a doença com que estamos lidando. Uma das principais análises nesse contexto é a avaliação da biópsia do tumor e a do material que é retirado durante a cirurgia oncológica.
Esses fragmentos de tecidos biológicos são enviados ao laboratório de patologia, onde o médico patologista processa e examina todos os detalhes do tumor. De acordo com as características que o médico patologista encontre o tratamento pode mudar.
Uma das principais informações que o patologista avalia é a presença ou não de uma característica conhecida com invasão da membrana basal (veja a figura). Em geral, os tumores conhecidos como carcinomas, se iniciam na pele ou na mucosa que reveste os órgãos internos, como intestino e estômago. Após algum tempo a doença começa a crescer e pode invadir vasos sanguíneos e linfáticos (por onde caminham as células de defesa).
A membrana basal é justamente esta parte que divide a camada superficial da pele e das mucosas, das camadas mais profundas, onde se encontram os vasos sanguíneos e linfáticos. Caso o tumor não tenha ultrapassado esta barreira chamamos de doença in situ, ou seja, no local. Como nesta camada não há vasos sanguíneos a chance da doença se espalhar é muito baixa. Quando a doença passa a membrana basal chamamos de doença invasiva, ou infiltrativa. Neste estágio a doença já pode causar metástase a distância e, dependendo de cada caso, pode ser necessário tratamento com medicamentos.
Em geral o único tratamento para doenças in situ é a retirada completa do tumor, como no caso do adenocarcinoma in situ do cólon (intestino grosso), melanoma in situ e câncer de colo uterino in situ. No caso do câncer de mama in situ por vezes se faz tratamento com hormonioterapia, não para tratar a doença operada, mas para diminuir a chance do aparecimento de um segundo câncer de mama.
Cada caso é único e a recomendação é sempre conversar com o seu médico sobre o melhor tratamento para você.
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